A reentré em Guimarães é marcada pelos Encontros Internacionais de Música, numa organização do Centro Cultural de Vila Flor com o Convívio como parceiro. Este ano, o Convívio volta a acolher os três eventos habituais: música e poesia, música e dança e a já clássica sessão de djying do Maestro António Saiote.
Cavalheiro é Tiago Ferreira, um grande e promissor fazedor de canções. Vem ao Convívio apresentar o seu primeiro disco, chamado Primeiro. Cavalheiro é um "escritor de canções despedidas até ao minimalismo, carregadas e tensas, dispostas a contribuir para que se perceba um pouco melhor o que aproxima e afasta de forma tão intensa as mulheres e os homens", como se lê na Bodyspace. A música de Cavalheiro traz-nos a universalidade dos cenários urbanos do norte de Portugal e a influência de Stephen Malkmus, Charles Bukowski e do bairro bracarense das Enguardas.
No final do concerto, a agulha aponta ao soul, funk, rock e eléctrica com a seesão de djing de Mr. Rubirosa.
João Lopes, nome incontornável na análise crítica do cinema em Portugal, programador da Área de Cinema de Guimarães 2012, Capital Europeia da Cultura
vem ao Convívio conversar sobre a relação profunda da música no cinema e da música do cinema: da wagneriana Cavalgada das Valquírias em Apocalipse Now ao James Bond Theme de John Barry, a música torna inesquecíveis as imagens cinemáticas, dramatizando-as e apropriando-se delas. Projecções, escutas e conversa, no regresso de A Palavra A.
Os Evols apresentam no convívio o seu primeiro álbum em edição de autor. Entre composições estritamente organizadas ou através da música improvisada com formas aleatórias os Evols não têm linhas divisórias entre géneros musicais, tendo sempre como factor unificador a guitarra eléctrica. A construção dos temas e a sua evolução é baseada no princípio de que a fronteira entre a música e o ruído é culturalmente definida. Para este concerto fazem-se acompanhar da sua habitual colaboração visual a cargo de P. MA., numa noite que promete fumo, strobes a ritmo alucinante e psicadelismo musical digno de fazer ressuscitar os até defuntos The Grateful Dead. De seguida, os músicos dos Evols passam das guitarras aos pratos, numa sessão sónica de passadisquismo.
